Como as redes sociais afetam os relacionamentos entre as pessoas

Existe um prazo de validade curto para relacionamentos assim.

Sim! Sabemos que estamos na era da internet. Em cerca de dez ou quinze anos, a internet passou a fazer parte mais efetivamente do nosso cotidiano.

As relações humanas, cada vez mais, estão sendo influenciadas pela notificação de “wi-fi conectado” dentro dos restaurantes, shoppings e até mesmo dentro de casa.

Quase tudo é feito por meio da internet: compras, estudos, cursos, faculdade, encontros são marcados e relacionamentos iniciados. As amizades são virtuais, as reuniões presenciais de trabalho não são mais tão essenciais e o contato entre os sujeitos vêm sendo sustentado pelos mais diversos tipos de aplicativos.

Além das redes de entrega, de cinema e de jogos estarem quase todas na internet, existe uma outra rede que migrou com mais sucesso que todas as outras no universo digital.

A rede de relacionamento, com as famosas redes sociais.

Nelas, é cada vez mais difícil ouvirmos a voz do outro (a não ser que seja por um áudio no 2x). As mensagens instantâneas substituíram as chamadas de voz. As visitas às casas acontecem menos. Mandar fotos e figurinhas parece suprir o contato humano.

Não há dúvidas de que as relações humanas são drasticamente afetadas por isso!

Cada vez mais conectados, as rotinas e cotidianos dos indivíduos mudam. É evidente que o contato físico fica cada vez mais raro e que o contato pessoal perde espaço.

A consequência são relações mecânicas, sem o gosto e sem as sensações que só um ser humano pode passar para o outro.

O gostinho da saudade, da espera para se encontrar, do olhar nos olhos, de uma conversa extensa são pequenos prazeres que se perderam na rotina e no mundo virtual, principalmente entre os mais jovens.

Por muitos esses hábitos são até tidos como ultrapassados.

Isso é muito real, basta lembrar daqueles nossos amigos e familiares que não vemos há anos, mas que sempre mantemos contato pelas redes sociais e sabemos de tudo, ou quase tudo, sobre a vida deles.

Será que o bombardeamento constante de informações sobre as vidas alheias nos fazem ter profundidade nas relações?

A resposta é muito óbvia: NÃO! Muito pelo contrário.

Nesse universo, há uma falsa percepção de intimidade, gerando nas pessoas um visível afastamento encoberto por uma troca de mensagens frenética.

Não podia ser diferente em uma relação sem uma troca de olhares verdadeiros, sem um contato físico, um abraço apertado, sem perceber o tom de voz e a expressão no rosto do outro. É exatamente essa a receita de uma relação superficial.

É claro que os relacionamentos amorosos não ficam de fora

O imediatismo trazido pela internet, onde tudo é instantâneo, fácil e rápido; a busca por algo mais prazeroso no menor tempo possível, sem tanta complexidade, tomaram conta das relações entre homem e mulher.

Um dos grandes culpados disso são os aplicativos de relacionamentos, pois, com um simples toque na tela é possível descartar alguém e marcar um encontro com outro. As pessoas são colocadas em vitrines, ocultando suas complexidades, seus problemas e as suas características mais próprias.

As relações humanas, cada vez mais, estão sendo influenciadas pela notificação de “wi-fi conectado” .

Quando algo desagrada uma das partes, é muito simples, é só bloquear, excluir ou silenciar.

Reina a ilusão de que o amor pode surgir e permanecer nesse ambiente e, assim, em curtidas, comentários e mensagens de poucas palavras as pessoas vão se dando de bandeja, escondendo quem são de fato atrás das telas.

Com uma facilidade e rapidez assustadoras, um novo relacionamento se inicia, mesmo que de uma noite só.

E qual a grande consequência disso? Qual o problema de uma pessoa virar um manequim de vitrine?

O problema é que a mentira da perfeição aparece!

Ninguém expõe os próprios defeitos na vitrine pessoal do Instagram. Os ângulos são calculados para favorecer, para embelezar, os 15 segundos de stories recortam parte da verdade e do ambiente em favor do que é melhor de fotografar. Os filtros, as opiniões, as biografias na maioria das vezes são FALSAS.

Diante de tudo isso, trocamos realidades por um mar de fantasias.

Trocamos a conquista, o romance, o mistério, o interesse de querer agradar o outro com atitudes simples, o toque físico, os pequenos gestos de afetos.

Não pense que isso que você está lendo é um manifesto anti-redes sociais! Pelo contrário, seria loucura querer ir contra algo que nos fez tão bem, mas é preciso entender bem como usar cada coisa para não perdermos o contato das coisas boas que temos fora das redes.

Quando perdemos esse controle, corremos o risco de começar relacionamentos ruins, desgastantes e mentirosos.

E existe um prazo de validade curto para relacionamentos assim.

Não conseguimos passar muito tempo sustentando personagens e levando adiante esses verdadeiros fantoches. São relacionamentos sem grandes expectativas, incapazes de gerar frutos.

Pior que isso: são relacionamentos que podem causar sérios danos emocionais, por serem pautados na insegurança, na instabilidade e, muitas vezes, nos ciúmes, sim, nos ciúmes!

O ciúme é o pior e mais comum dos danos das redes sociais na vida de um casal.

É por meio das redes sociais que geralmente ocorrem as interações, as trocas de mensagens, as curtidas. Além disso, elas são as principais fontes de se comparar com o outro, hoje em dia, aumentando a insegurança das pessoas que sempre acham que o outro é melhor ou que a vida do outro é a mais interessante.

E uma das consequências dessa insegurança são os ciúmes, que é a vontade de ter o outro como sua propriedade.

Assim, é possível perceber que as pessoas que se submetem a esses relacionamentos, são as que não estão dispostas a encarar seus defeitos, optando por viverem nessa realidade com medo de se desfazerem das máscaras da perfeição, inerente ao mundo virtual.

E agora? Há solução pra isso?

Sim, há! E é aqui que O Corpo Explica aparece para te ajudar.

O segredo está na importância do autoconhecimento!

Autoconhecimento? Qual a relação entre a busca pelo autoconhecimento e tudo o que já foi dito?

São temas indissociáveis, pois, é preciso que as pessoas se conheçam em profundidade, para que saibam exatamente o que buscam em um relacionamento, e, a partir disso, busquem conhecer o outro também em profundidade.

É preciso ser sincero consigo, corrigir os problemas individualmente, para que só então seja iniciada a busca por um relacionamento profundo com o outro.

E como começar esse processo?

Prestando atenção em características particulares suas e das pessoas com quem você se relaciona. A técnica de análise dos “traços da personalidade”, que se baseia em análises corporais e comportamentais, pode ajudar nisso.

 

Ela vai te ajudar a ir além das vitrines das redes sociais para começar o relacionamento bem: conhecendo (de verdade, e não por stories) a pessoa com quem você está se relacionando.

 

É assim que você vai parar de se preocupar em postar fotos de um relacionamento feliz no Instagram para ter um relacionamento feliz de verdade.

O Corpo Explica

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