O Corpo Explica

Na vida do coitadinho, tudo é cheio de problemas e justificativas para ele poder ser quem ele é. Você conhece uma pessoa assim?

Sejam muito bem vindos!

Eu sou Vanessa Cesnik, Dra em Psicologia pela USP e co-fundadora do O Corpo Explica e venho aqui falar sobre um assunto muito importante, a Dependência Emocional.

E vamos abordar esse tema através de uma série onde vamos te apresentar cinco perfis dependentes. São eles:

O cuidador;

O campeão;

O bonzinho;

O coitadinho;

O culpado. 

Descobrindo e entendendo suas dependências emocionais, ao final dessa série você conseguirá fazer escolhas melhores para a sua vida.

Chegamos ao quarto perfil. O Coitadinho.

Quer saber mais sobre esse perfil? Antes, não se esqueça de deixar o seu like. Se inscreva em nosso canal e ative o sininho.

Assim você não vai perder nenhum episódio dessa série. Beleza?

O Coitadinho

“Meu irmão só me causa problemas. Eu preciso ajudar”.

“No trabalho, ninguém me leva a sério. Eles só podem ter algo contra mim”.

“Minha esposa grita comigo o tempo todo. Mas o que eu posso fazer? Ela teve um dia estressante no trabalho.”

No fim das contas, sempre sobra para eles. 

Quando nos relacionamos com o perfil coitadinho, logo percebemos que ele possui uma vida repleta de infortúnios.

Ou, é pelo menos assim que eles fazem com que as coisas se pareçam.

Sempre existe um vilão, um monstro, um problema e muitos obstáculos.

São perseguidos, injustiçados, azarados e precisam da ajuda de alguém para salvá-los das mazelas que ocorrem em sua vida.

E confesso que o coitadinho é o perfil dependente o que eu tenho mais ranço. 

Afinal, aqui no O Corpo Explica, acreditamos que a vida é feita de escolhas. E, nesse sentido, cabe a nós a responsabilidade para guiar a nossa própria vida.

O problema do coitadinho é que ele faz parecer que tudo de errado, que ocorre na sua vida, não é por culpa dele. 

Ele se isenta de sua responsabilidade e faz parecer que tudo de ruim que ocorre é culpa de algo ou alguém. E, como se isso não bastasse, ele é incapaz de resolver esses problemas.

Está sempre esperando um herói que o salve.

Origem do Perfil Coitadinho

Na infância, origem desse perfil e também dos outros, o coitadinho foi uma criança que não se sentiu vista, cuidada e protegida pelos seus pais.

A razão para isso pode ocorrer por diversos motivos.

Pode ser que os pais fossem pessoas muito ocupadas, portanto não conseguiam dar atenção para essa criança.

Ou, repetiam brigas e mais brigas, fazendo com que o coitadinho sentisse que não havia ninguém por perto para cuidar dele.

Existe também a possibilidade de que os pais agissem com agressividade, física e verbal.

Desse modo, ela sentia-se desamparada.

E qual era o momento em que ela conseguia sentir algum tipo de amparo?

Eram em momentos onde ela passava por algum problema ou estava doente, por exemplo.

Em outras palavras, para ter atenção dos pais o coitadinho precisava passar por algum tipo de apuro.

Ela precisava ser salva.

A partir daqui já deve ter ficado bem claro, afinal, quem nunca ouviu uma história de crianças que ficavam doentes somente para chamar atenção dos seus pais?

Até mesmo fingiam estar.

Isso porque elas queriam ser vistas, cuidadas e protegidas. Sendo que, foi essa a maneira que encontraram para isso.

E, embora exista o ranço, dá um enorme aperto no coração quando descobrimos a razão por ele ser assim.

Mas como isso se reflete na sua vida adulta?

A vida adulta do Coitadinho

Quando essa pessoa cresce ela continua buscando ser vista, cuidada e protegida.

E sempre busca um meio para se colocar de vítima. Afinal, assim ele poderá ter o amparo que tanto deseja das pessoas que estão ao seu redor.

Isso pode chegar a um ponto onde ele não faz escolhas melhores pra si, pois, se fizer o coitadinho poderá se livrar dos seus problemas.

E, na cabeça dele, se livrar dos problemas é razão para que ele não seja mais visto, cuidado e protegido.

Ou seja, está tudo bem viver uma vida cheia de dores e problemas. 

Percebe como isso é horrível?

Renunciar coisas incríveis que ele poderia fazer com sua vida, pois só assim ele será amado.

Precisa haver um vilão para gerar dor e sofrimento. E, em contrapartida, um herói que sinta pena e queira ajudá-lo.

Os traços que mais tendem a desenvolver esse perfil dependente são o Oral, o Psicopata e o Masoquista.