É importante que você saiba que todas as pessoas vão ter todos os cinco traços de caracteres.
É importante que você saiba que todas as pessoas vão ter todos os cinco traços de caracteres.
Assim como existe a escuridão, existe a luz.
Só conseguimos compreender a existência de algo que nos faz mal, pois, do outro lado, existe algo que nos faz bem.
E, trazendo para o nosso universo aqui d’ O Corpo Explica, viver na dor existencial dos seus traços é uma contraposição imediata a viver com os seus traços no recurso. Simples assim!
São opostos que, de algum modo, parecem existir para justificar a existência um do outro. Servindo como complementos existenciais. Antagonistas, uns dos outros.
É o que chamamos de dualidade, ou dualismo. Um conceito filosófico que propõe a existência de dois princípios básicos, que se opõem um ao outro.
É claro que nem tudo é tão preto no branco. Ou, como costumam dizer por aí, existem outras tonalidades de cor como o cinza por exemplo.
Mas, até que ponto vale a pena concentrar a sua vida apenas no equilíbrio? Até mesmo porque, existem certas dualidades que vão nos guiar para uma vida de felicidade ou não. Aliás, pode até ser que você consiga viver uma vida 50% feliz, mas você realmente acredita que isso é algo bom?
A responsabilidade por fazer esse juízo de valor é exclusivamente sua. E quer saber a verdade? O que mais tem por aí são pessoas que se contentaram com as suas vidas, e mantêm uma vida muito aquém do que realmente poderiam. Acreditando nesses 50% de felicidade.
Para nós, fica mais do que claro que essas pessoas não estão vivendo o máximo que seus recursos podem oferecer. Afinal, na vida delas, é bem provável que existam traços que estão caminhando na direção totalmente oposta, a de dor.
De um modo geral, essa é a principal dualidade que se manifesta na vida das pessoas, dia após dia.
Dor X Recurso.
Acompanhe-me nesta leitura e entenda mais sobre ela e saiba também como esses conceitos se aplicam em cada traço de caráter.
Caso você ainda não saiba, todo ser humano, quando atinge os seus 5 a 6 anos de idade, vai ter mielinizado no seu corpo e mente um total de cinco traços de caracteres.
É um processo biológico onde a pessoa adquire controle e sensação do seu corpo e mente, à medida que a mielinização avança por sua coluna vertebral. E tudo isso começa quando a criança ainda está dentro da barriga de sua mãe.
Embora seja um processo biológico, que ocorre independente da escolha de uma pessoa, existem fatores externos que se relacionam e geram impacto nessa formação.
Estamos falando da relação que existe entre a criança, que cresce e se desenvolve, e o meio em que ela vive.
O fato é que, essa relação pode ser boa ou ruim, aos olhos da criança, é claro.
Em outras palavras, é desde a sua origem que a criança é apresentada à primeira dualidade de sua vida. E, para ela, essa dualidade é mais do que uma mera sensação. É uma questão de sobrevivência.
Nesse momento, tudo que uma criança quer é sobreviver nesse mundo caótico no qual ela foi concebida. E, para lidar com as situações problemáticas, que geram algum tipo de dor, o processo de mielinização molda o seu corpo e a sua mente para aprender a lidar com isso e não ter mais que sentir essas dores novamente.
Afinal, ela sabe exatamente quando algo não lhe faz bem. Mas, o que seria o oposto disso?
Nós, aqui d’ O Corpo explica, você e todas as demais pessoas, vivemos uma infância marcada por diversos momentos.
Se você parar pra pensar, são tantos aprendizados em um espaço de tempo tão curto. Porém, vivenciar cada um deles pode não ter sido nada fácil.
Ainda mais se, viver esses momentos, significou ter que lidar com uma dor com a qual você não sabia lidar. A dor existencial da formação dos seus traços de caracteres.
É só você lembrar do tópico anterior para entender como funciona. O processo de mielinização ocorre em 5 etapas. Começando pelo período de gestação.
À medida que a mielinização avança pela coluna vertebral de uma pessoa, gerando mais controle e sensação daquela região, ela se relaciona com o ambiente que está à sua volta.
Quando ela sente que o ambiente não está favorável, para que ela possa viver de maneira plena e feliz, cria-se o estímulo responsável pela formação dos traços de caracteres.
Esse estímulo é a dor.
Ou seja, estamos falando de um total de cinco dores. Sendo elas:
O problema disso tudo é que você vai carregar essas dores consigo por toda a vida e, enquanto você não aprender a lidar com elas, sua vida não vai pra frente.
Chegando até aqui, você pode até pensar que ter esses traços de caracteres é algo muito ruim. Até mesmo porque, eles não só definem quem você é como também são formados a partir de grandes dores.
Porém, nem tudo nessa história é ruim. Isso porque o nosso corpo e mente foram moldados para lidar com essas dores. É nesse momento que conseguimos perceber a dualidade dos traços de caracteres.
As dores vão estar ali presentes, a nossa vida inteira. Mas, por outro lado, o processo de mielinização vai nos nutrir de recursos para poder combater essas dores.
Habilidades que o nosso corpo e mente aprendem para sobreviver neste mundo da melhor maneira possível.
Mas, o fato deles existirem não elimina a possibilidade de que uma pessoa possa viver submersa às dores dos seus traços. E quer saber a verdade? Isso é o que mais acontece.
É por viver, revisitando as suas dores existenciais, que as pessoas não conseguem ter uma vida saudável.
Só que, viver entre dor e recurso é uma escolha e ela só depende de você!
Por fim, chegou a hora de entender como cada traço de caráter funciona, quando olhamos para a sua dor existencial e também para o seu recurso, é claro.
O traço de caráter esquizoide se forma por causa da dor existencial da Rejeição. Ou seja, durante a gestação, a criança se sentiu rejeitada e o seu corpo e mente se desenvolveram para poder lidar com essa dor.
Pode até parecer a gente aqui falando que uma criança se sentiu rejeitada, ou abandonada como no caso do traço de caráter oral. Mas, precisamos lembrar que, embora ela não tenha plena consciência das coisas, ela consegue perceber se o ambiente que ela vive é bom ou ruim.
E, para se sentir rejeitada, ela teve sim a percepção de que o útero de sua mãe não estava tão aconchegante e favorável para que ela pudesse existir lá dentro.
Nesse momento, o cérebro é a região que está sendo desenvolvida, onde a criança começa a ganhar controle e sensação. Desse modo, para lidar com a dor da rejeição, ela se concentra em absolutamente tudo que ela tem controle. O seu cérebro.
É por conta disso que o traço de caráter esquizoide é muito imaginativo e dá um valor tremendo a tudo aquilo que está dentro de sua cabeça.
Ou seja, se por um lado existe a dor existencial da rejeição, por outro vai existir o recurso da criatividade.
Viver constantemente no recurso não é uma tarefa fácil.
O traço de caráter oral é o segundo que é desenvolvido na mielinização do sistema nervoso.
E ele se desenvolveu porque em algum momento, da fase de amamentação, a criança se sentiu abandonada.
Lembrando que estamos falando de uma percepção, uma sensação, um sentimento que uma criança que tem menos de 1 ano teve em relação ao ambiente que ela vivia. Isso não quer dizer que a mãe abandonou, literalmente, o seu filho.
A verdade é que esse sentimento de abandono é gerado de duas formas.
Ou a mãe não consegue entender o que seu filho quer, até mesmo porque ele não é capaz de verbalizar, ou, de fato, a mãe não está presente nos momentos de maior necessidade do seu filho.
Vamos imaginar que uma criança está com frio. O que ela normalmente faz?
Chora, não é mesmo?
Com isso em mente, a mãe pode tentar fazer algo ou não.
Só que, fazer não significa resolver. Até mesmo porque, se ela tentar amamentar o seu filho, ele vai continuar com frio.
E por não ter as suas necessidades atendidas, a criança se sente abandonada.
Olhando de fora fica claro que o problema aqui é a comunicação. E é justamente esse recurso que a mielinização gera para que o traço de caráter oral consiga lidar com a dor do abandono.
O traço de caráter psicopata se desenvolve porque, em algum momento onde ele aprendia a dar os seus primeiros passos e interagir melhor com o mundo, ele se sentiu manipulado.
Acontece que nessa época, a criança quer mesmo é fazer uso desses seus novos “superpoderes”. Chega de engatinhar, ela quer mesmo é andar para cima e para baixo.
E com todo esse entusiasmo, vem as brincadeiras e outras interações, é claro.
Agora, imagine que você é uma criança e apresenta um novo truque, uma nova habilidade, uma nova brincadeira para os seus pais ou alguma outra pessoa que está por perto.
É natural que a reação deles seja de apoio, felicidade e empolgação. Certo?
Porém, o que acontece nos momentos onde essas novas interações não ocorrem?
“Por que diabos os meus pais não demonstram o mesmo entusiasmo? Será que eu preciso sempre fazer algo em troca?”
É a partir dessa percepção que a criança se sente manipulada.
E, para lidar com essa dor, ela aprende que o mundo é construído a base de trocas. Sabendo disso, ela desenvolve o poderoso recurso da negociação.
Afinal, aprendendo a negociar ela nunca mais vai se sentir manipulada.
A dor existencial, que é responsável por formar o traço de caráter masoquista, é a dor da humilhação.
E ela surge quando a criança está numa fase de transição onde está aprendendo a se livrar das fraldas. Nada mais justo, afinal, a mielinização dá os seus primeiros passos na região lombar, garantindo mais controle e sensação para essa região.
E, como qualquer aprendizado, é comum que aconteçam alguns deslizes, se é que você me entende.
O ponto que é crucial nessa história é a percepção que a criança vai ter em relação ao comportamento dos seus pais, toda vez que acontecer alguns desses deslizes.
Afinal, se coloque no lugar dessa criança. Seus pais, e até mesmo outras pessoas próximas, presenciando não um, não dois, mas vários desses deslizes.
É com base em situações assim que a criança se sente humilhada.
E, para lidar com esse sentimento, a criança aprende a resistir, a segurar, a ter controle sobre tudo. Esse é o recurso da consolidação.
Por fim, temos o traço de caráter rígido. O último dos cinco traços de caracteres.
Sua dor existencial é a dor da exclusão/traição. E aqui, temos uma criança que começa a ter os primeiros estímulos sexuais. Afinal, a mielinização concentra suas energias na região genital, dando mais controle e sensação a ela.
E para se sentir excluída, ela entrou em uma disputa que não era capaz de vencer.
Tudo começou quando ela começou a perceber que o mundo era formado a partir de pares. O titio tinha a titia. O vovô tinha a vovó. O papai tinha a mamãe. E ela? Quem era o seu par.
A verdade é que, nessa época, o contato mais próximo que ela tinha eram os seus pais. Porém, como você já deve imaginar, não foi uma disputa muito equilibrada. Muito pelo contrário.
E, por sentir que não era a melhor opção entre o seu pai, ou a sua mãe, ela sentiu que não havia ninguém ao seu lado para formar um par. É a partir daí que ela teve que lidar com a dor da exclusão.
Para enfrentar essa dor ela aprendeu que não poderia mais ser a segunda opção. Ela precisava atingir o pódio e ser a melhor em absolutamente tudo. Daí, surgiu o recurso da competição.
Rejeição x Criatividade
Abandono x Comunicação
Manipulação x Negociação
Humilhação x Consolidação
Exclusão x Competição
Essas são as dualidades que vão separar uma pessoa que vive na zona de dor, ou na zona de recurso.
Até mesmo porque, é importante que você saiba que todas as pessoas vão ter todos os cinco traços de caracteres. Alguns mais, outros menos. E tudo isso vai depender das diversas questões que trouxemos nesse texto.
O ponto é, até dá pra viver com alguns desses traços na dor e outros nos recursos e, com isso, ter uma vida mediana.
Agora, viver nos extremos vai te entregar duas possibilidades.
Quando você vive na dor, ainda mais se forem os seus principais traços, a tendência é que absolutamente tudo dê errado. Não só isso, mas a probabilidade de surgirem problemas mais sérios relacionados a sua saúde física e mental são bastante grandes.
Por outro lado, viver no recurso dos seus traços é uma garantia de que você consiga usar suas potencialidades ao máximo. E, com isso, o céu é o limite.
Pode até parecer um papo surreal, mas é só você refletir sobre o assunto. Imagine se você tivesse o conhecimento e o controle sobre quem você é e o que precisa para ser feliz?
Viver constantemente no recurso não é uma tarefa fácil. Aliás, é um desafio diário e não existem garantias reais que todos os seus traços caminhem nesse mesmo sentido.
Mas, fazendo uma análise corporal, conhecendo seus traços e sabendo quais são os melhores ambientes e situações para que eles possam viver no recurso, é a melhor chance que você tem para ser feliz de verdade. E aí? Topa esse desafio?
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Sensacional esse conteúdo!
Adorei a leitura. Viver no recurso é uma tarefa muito difícil mesmo. Eu faço leituras para conseguir controlar minha mente e corpo. Mas é uma tarefa que exige paciência, disciplina e muito esforço. Mas sigo tentando..
Ótimo, deu para entender melhor os 5 traço inclusive os MEUS obrigada vou ler mais vezes kkkkkk
Seu texto é por demais explicativo e merece nota dez. Contudo, a vida não é só isso e somos estigados a todo. Momento por perguntas que nos acompanha por gerações sem uma resposta satisfatoria.
1) Quem somos nós?
2) De onde viemos e para onde iremos amos a morte.
3) O que estamos fazendo aqui ale.m de comer, trabalhar, reproduzir e morrer?
Seu texto ajuda muito a compreender muito de nós mesmos e sem dúvida nos ajuda muito. Sou grato em aprender cada dia mais com os seus ensinamentos.
Conhecer o funcionamento de cada pessoa é libertador!
Nossa fiquei muito feliz por conseguir entender um pouco de todo o meu sofrimento por ser assim tão rígida, agora com esse texto que vc colocou vou prestar atenção mais nas coisas e atitudes pra poder melhorar meus relacionamento num todo
Obrigada vou continuar a seguir vcs
Eu topo...
Essa leitura foi um início de uma experiência muito boa descobrir algo que tem tudo a vê preciso e quero saber e entender mais sobre tudo....sem conhecer apenas lendo tudo se encaixa vale a pena ...
Eu indico não sei nada mais quero saber tudo ótima sensação....Amei