Lidando com o desgaste no seu relacionamento

A verdade é que, as pessoas nem ao menos sabem o que é o amor.

Era uma vez um belo casal apaixonado que viveu por alguns meses o entusiasmo de um novo relacionamento. O tempo passou e… não, não foram tão felizes para sempre.

Que atire a primeira pedra quem nunca viu essa história se repetir dentro de sua família, do seu círculo de amizade ou até mesmo na própria vida.

As juras de amor dos pombinhos parecem nem sempre suportar o desgaste que o tempo e a convivência geram em um relacionamento.

Os motivos para isso são muitos, mas, sem dúvidas, o começo da relação diz muito sobre o seu desfecho.

Muitas vezes, a euforia e a ansiedade por finalmente encontrar com quem partilhar a vida acabam iludindo as partes e, por isso, relacionamentos são iniciados sem um objetivo claro em comum e sem um plano de vida do casal, ou seja, tudo começa por impulso, sem que homem e mulher venham a confluir, ao menos minimamente, suas vontades e sonhos.

No início, quando os olhos estão fechados aos defeitos, quando não se medem esforços para agradar o outro e quando as distâncias não são um grande problema, a ausência desse alinhamento de objetivos pode acontecer e não faz muita falta para quem está apaixonado.

O casal é livre para não se preocupar com isso no começo, afinal, ninguém quer ser o chato que fica falando sobre temas delicados logo quando tudo está dando certo e o outro só quer aproveitar o momento.

No entanto, de livres escolhas surgem consequências das quais não somos livres.

Mas, calma, O Corpo Explica até o amor e nos ajuda a escapar da armadilha de um relacionamento que já começa fadado a se desgastar rapidamente.

Por que o começo é tão importante?

Pelo mesmo motivo de que para construir uma casa é necessária uma base sólida e consistente, para que as paredes não desmoronem com o tempo e o teto não caia por cima de todos.

No início do relacionamento, comparado aqui a uma casa que precisa se manter de pé, é essencial que os objetivos futuros e os projetos de vida sejam compartilhados e esclarecidos. Essas são algumas das bases para que se construa algo firme e duradouro.

O problema é que, comumente, o casal se esquece que o relacionamento não é um parque de diversões e não se sustenta apenas de flores, jantares românticos e filmes com pipoca e brigadeiro.

Conversas sérias e honestas também precisam existir no início, para evitar que o homem, a mulher, ou até mesmo os dois, criem expectativas sobre algo que o outro não quer ou não pode oferecer.

O desgaste da relação, muitas vezes, vem das cobranças que surgem quando essas expectativas são frustradas.

As pessoas precisam entender que é insustentável uma relação na qual as partes não sabem o motivo pelo qual elas resolveram se relacionar, o que buscam com aquela relação, quais são os valores indispensáveis que precisam defender diante do próximo.

Definitivamente, desde o começo, eles não têm clareza do que buscam alcançar com aquela relação e qual a finalidade própria de cada fase do relacionamento.

Enquanto homem e mulher não sabem e não cumprem essas finalidades de cada fase, é como se vivesse um capítulo aberto da vida, uma pendência, como se SEMPRE algo estivesse faltando.

Inevitavelmente isso irá gerar frustração, desgaste emocional e, possivelmente, o amor entre o casal irá definhar e se esvair em reclamações, cobranças e discussões.

Para que um namoro vire um noivado e um noivado vire um casamento, antes de tudo, foi necessário a disposição de duas pessoas de se colocarem diante uma da outra e de serem honestas quanto ao que esperam daquela união.

Se, desde o começo, os dois estiverem olhando na mesma direção, torna-se menos custoso superar os desafios e as dificuldades da convivência que irão surgir.

Mas, mesmo o começo sendo uma etapa crucial, não é tão somente o cuidado com essa etapa que garante que um namoro vai durar ou que um casamento não caminhará rumo ao fracasso.

Isso acontece porque o desgaste dos relacionamentos ocorre por outros motivos que o Corpo Explica também.

O que pode impedir a manutenção de um relacionamento:

Muitas vezes, a relação se desgasta por falta de interesse e de entrega, porque um deles, ou até mesmo os dois, não se empenha para manter vivos o amor e a admiração que no início eram tão presentes.

Além do simples interesse, o Corpo Explica precisa destacar um tipo de doença que impede o desenvolvimento de qualquer relacionamento saudável, com os outros e consigo mesmo.

Estamos falando da dificuldade de unir amor e sexualidade plena.

Por vezes, o relacionamento começa a se desgastar porque os sujeitos não têm capacidade de amar e de se sentirem amados de maneira plena. Isso acontece porque essas pessoas nunca se sentem completas com ninguém, pelo fato de que também nunca estão satisfeitas nem consigo mesmas. Por isso, sempre cobram do outro algo que o outro não pode dar.

Dos cinco traços de caracteres, dois apresentam mais essa disposição de não se sentirem completamente amados por ninguém: o psicopata e o rígido

Destacando o psicopata, por exemplo, ele tem muito medo do amor e tem maior disposição a achar que será enganado ou traído. Dessa forma, as pessoas com esse traço são as que mais têm ciúmes dos seus parceiros e as que mais se incomodam com os defeitos dos outros. Essas dificuldades paralisam o psicopata e ela comumente se fecha ao amor.

Para cada traço de caráter que se evidencia, novos desafios referentes ao amor surgem e entender essa teoria, aplicar a análise corporal e comportamental no relacionamento pode amenizar os efeitos dessa doença e, assim, as sequelas de um relacionamento desgastante.

Ao entender o nosso próprio corpo, evitamos situações que não nos fazem bem e aprendemos a usar melhor os recursos da nossa mente.

A forma com que nos comunicamos e conduzimos nossos relacionamentos será, então, diferente, pois, saberemos o que fazer e o que não fazer diante das pessoas que são importantes para nós.

De forma voluntária, ajudamos as pessoas e cultivamos uma relação sabendo a forma com que o outro funciona.

As juras de amor dos pombinhos parecem nem sempre suportar o desgaste que o tempo e a convivência geram.

E aquela máxima de que o amor supera tudo?

As incontáveis histórias que já vivemos ou presenciamos nos revelam que nem sempre o amor supera tudo.

É cada vez mais raro encontrar pessoas dispostas a ceder pelo outro, a entender o outro, a abdicar de algumas de suas vontades pelo outro. O individualismo está cada vez mais presente nos relacionamentos, isso é inegável!

A maioria das relações atuais têm por fim único o prazer momentâneo, objetivando apenas usar o outro como um descanso, como uma forma de repouso. O relacionamento acaba sendo apenas um passatempo, uma distração.

O amor não supera isso!

A verdade é que, as pessoas nem ao menos sabem o que é o amor. Elas nunca tiveram uma experiência verdadeira na qual foram amadas o suficiente – e da forma correta – para desenvolver o amor por si mesmas. Por isso, vivem dependendo de migalhas, de relações superficiais que não passam de uma distração.

Perceba: esse medo que temos de viver um relacionamento fracassado e de não conseguirmos ser felizes depois dele só prova isso. Quando fugimos da profundidade, das dores e das renúncias para buscarmos apenas o “felizes para sempre”, nós matamos o amor.

Quando não estamos dispostos a aceitar as diferenças e a enxergar no outro todas as suas potencialidades, nós matamos o sentimento e a relação se desgasta, pois amar é muito mais do que preencher nossas próprias carências.

Amar é a decisão de querer compartilhar a vida com quem se ama, de maneira saudável, sem dependência emocional, deixando o outro livre para fazer suas próprias escolhas e tendo a liberdade de permanecer.

Enfim, percebe como o amor, a falta dele e a sua cura podem ser explicados?

Entender todas essas causas e consequências nos leva a poder afirmar que é possível sim viver um “felizes para sempre”.

É fato que nunca, NUNCA, um casal estará completamente pronto para os desafios de um relacionamento, pois eles não podem ser premeditados e resolvidos de maneira antecipada. Não há um manual de instrução que ensina o passo a passo de como ter um namoro, um noivado ou um casamento bem sucedido.

Mas, é possível sim que o casal trilhe um caminho de felicidade mesmo após anos de convivência. Mas após as decepções, as brigas, os filhos…

O que fazer, então?

O autoconhecimento talvez seja a forma mais eficaz de evitar o fracasso da relação que já começou a ruir.  Conhecer os próprios limites e fraquezas, entender os próprios traços de caráter para que assim se busque amenizar suas inclinações negativas.

 Ser sincero com o outro e não esconder quem somos, é uma prova de amor do começo ao fim de uma relação.

O diálogo também é essencial para solucionar os problemas que surgem, deve-se sempre tentar alinhar vontades e desejos individuais, na busca de entender o que cada um quer naquela relação, para juntos encontrarem meios eficazes de alcançar um relacionamento feliz.

Enfim, sabemos que entre o “Era uma vez” e o “felizes para sempre” existe um longo caminho, e saber lidar consigo, com o outro e com todas as dificuldades que surgem desse encontro, é o caminho para reduzir as chances de uma relação infeliz.

O Corpo Explica

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