O Corpo Explica

“Emoção à flor da pele”

Essa é uma frase que definitivamente representa o traço de caráter Oral.

Trata-se do segundo traço de caráter, formado a partir do processo de mielinização que ocorre logo após o nascimento da criança.

Nessa época as energias, que envolvem a formação do oral, estão concentradas na região cervical, garantindo mais controle e sensação para esse local.

Esse controle está muito relacionado com a utilização da Boca.

O oral usa a boca para tudo. 

Tudo que ele vê pela frente ele coloca na boca, o que é justificado por essa nova “habilidade” que ele possui com o desenvolvimento da região cervical.

Além disso, ele chora frequentemente. Tanto quando criança quanto na vida adulta.

O fato é que o traço de caráter oral sente muito. Seja no sentido de felicidade ou, também, com o intuito de tristeza.

Formando uma montanha-russa emocional.

Qual a origem do traço Oral?

A razão para todos esses extremos emocionais ocorreu durante a fase de amamentação.

Nessa época, a criança precisava da mãe para fazer tudo. Era totalmente dependente do seu auxílio.

Fosse para comer, se limpar, trocar de roupa, tomar sol. Tudo, absolutamente tudo dependia de uma figura materna para auxiliar a criança no dia a dia.

Só que, essa criança ainda não sabia falar. A mielinização estava chegando na região cervical, o que garantia mais controles e sensações para a boca e pescoço.

Porém, essa criança não sabia verbalizar quais eram as suas verdadeiras necessidades.

Estava com fome? Chorava.

Estava com frio? Chorava.

Estava com sono? Chorava.

Estava assustada? Chorava.

Nessa história quem precisava se desdobrar para entender todos esses choros era a mãe.

E o resultado disso era que nem sempre a mãe conseguia atender qual era o real problema do seu filho.

Ora ela estava com frio e a mãe lhe dava de mamar. Ora ela estava assustada e a mãe tentava lhe fazer dormir.

Conforme essa criança não tinha os seus problemas resolvidos ela começou a desenvolver a percepção de que ninguém era capaz de ajudá-la.

Mesmo chorando, tentando mostrar que algo estava acontecendo, não tinha ninguém capaz de resolver o que estava errado.

Daí surge a dor existencial, que desenvolve o traço oral, a dor do abandono.

Emoção x Razão

Entendendo a origem que contribuiu para o desenvolvimento do oral, torna- se muito mais fácil entender o motivo pelo qual ele possui suas emoções a flor da pele.

Afinal, a dor do abandono modela o corpo e a mente do oral para que ele não precise mais vivenciar essa dor.

Desse modo, quando olhamos para o oral conseguimos notar as seguintes características:

.Pessoas com as bochechas mais redondas e “fofinhas”;

.Olhar que transmite uma sensação de forte conexão;

.Braços, pernas e corpo com o formato mais oval.

Já, em relação à mente e o comportamento, existem alguns padrões nessas pessoas como:

.São bastante comunicativas;

.Empáticas;

.Gostam de estarem cercadas por outras pessoas.

Perceba que tanto nas questões relacionadas ao corpo quanto nas que se referem ao funcionamento, o oral busca aproximar-se de outras pessoas.

Ele quer se sentir amado, quer ter pessoas ao seu redor, ele quer atrair o máximo de empatia por ele.

Tudo isso para não ter que lidar novamente com a dor do abandono.

E ele sente isso de um modo muito intenso.

Diferente do esquizoide, que é muito racional, o oral vive os seus sentimentos à flor da pele.

Tudo isso motivado por uma fortíssima tendência a desenvolver relações de dependência emocional.

Até mesmo porque, ele não quer que as pessoas se afastem dele.

E isso pode gerar grandes problemas, quando as pessoas com muita oralidade estão vivendo na dor do seu traço.

Isso porque elas podem facilmente se tornarem reféns de seus parceiros, familiares e amigos, com medo de que essas pessoas possam abandoná-la e ela se sinta sozinha novamente.

Conclusão

Entender quem você é é o primeiro passo para poder viver uma vida incrível, descobrindo como identificar e controlar os seus traços.

O traço de caráter oral será sempre um traço que terá que lidar com fortes emoções.

Mas que essas emoções possam ser predominantemente positivas.

Afinal, toda pessoa deve e pode ser feliz podendo ser quem ela realmente é.